sexta-feira, 25 de janeiro de 2013

Dia 01

Sou muito exigente comigo mesma para querer começar a rotina do "acordar no horário apropriado" em plenas férias de janeiro. É como tentar iniciar o tão sonhado regime sempre às segundas-feiras, depois de esbanjar comilança no final de semana. Via de regra, essas tentativas fracassam. Não quero que a minha também fracasse. Há muitos exemplos de regimes bem-sucedidos, de pessoas fortes, que perseguem o objetivo. Já disse que sou assim, menos com o despertar do dia. São 44 anos de fracasso! O leitor deve estar pensando: ela vai continuar não conseguindo. Minha intenção é relatar o desdobramento dessas tentativas, aqui. Tenho um ponto negativo, como já disse: a depressão. É por causa dela que não consigo em muitos e muitos casos; noutros, o que será? Preciso descobrir. 

Ontem estava eufórica novamente. Havia ido ao shopping com uma amiga de extremo bom gosto para roupas. Comprei algumas peças. Minha amiga ia escolhendo para ela e para o presente que queria dar a outra amiga, e eu aproveitava as escolhas e ia separando para mim também. Nossa! E a vida dela é por aí!!! Não recrimino mais. Hoje, amadureci. À noite, tomei duas taças de vinho e coloquei o filme que havia retirado na locadora para assistir no dia anterior, mas não tinha dado tempo. Como queria descansar um pouco, filme no DVD! Adorei e, hoje pela manhã, assisti-o novamente. Essa parte não foi legal, pois não conseguindo levar a manhã, refugiei-me no filme. Primeiramente, vamos a ele, porque vale a pena. 

Trata-se de "O exótico hotel Marigold", filme ambientado na Índia, que tem por personagens 07 britânicos  da terceira idade que viajam para Jaipur, por motivos particulares diversos, em busca de uma reviravolta em suas vidas, devido aos últimos acontecimentos. São quatro mulheres e três homens. O ator de "Quem quer ser um milionário" também está lá, juntamente com pesos-pesados da dramaturgia inglesa. O fato é que, críticas a parte, gostei do filme (bastante, para assistir duas vezes!) e de algumas reflexões que o filme faz. Foi por isso que o revi, no intuito de refletir mais profundamente sobre esses "ensinamentos". Aqui vão eles: 


  • O modo como os indianos veem a vida:  como um privilégio e não um direto; 
  • o único fracasso verdadeiro é o fracasso da tentativa;
  • a medida do sucesso é como lidamos com a decepção;
  • a verdade é que a pessoa que não se arrisca nada faz, nada tem;
  • tudo dá certo no final. Então, se não está tudo bem, acredite: ainda não é o fim; 
  • viemos aqui e tentamos. Todos nós, de diferentes modos, levantamos de manhã e fazemos o melhor que podemos. Nada  mais importa. -  Acho que não faço o meu melhor. 
  • a vida é como uma onda. Resista e você será derrubado. Mergulhe e você sairá nadando do outro lado. 
  •  Este é o nosso mundo. O desafio é lidar bem com ele. 
  • Sobre falar em público: "imagine as pessoas nuas e você consegue". - Nunca tentei essa tática. Juro que vou tentar. 


Eu não serviria para ser crítica de nada: nem literária, nem de filmes, de quase nada, só da acomodação de muitos. Procuro ver o lado bom de tudo, então as reflexões acima me chamaram a atenção. Sei que a vida está longe de ser um filme. Sei que o desenrolar dos fatos, nessa história a que assisti, é utópica, mas precisamos de um pouco de ficção de vez em quando, para não endurecermos tanto. 

Que somente quem se mexe na vida é quem consegue algo, isso já está mais do que provado. Eu já provei isso. Meus caros, vocês não imaginam! Meu filho completa 28 anos, agora; eu tenho 44. Façam as contas. Isso é só o começo. 

Mas, hoje, que marquei como sendo dia 01, não tive sucesso. Ontem, no momento de euforia da noite e das duas taças de vinho, coloquei o relógio para despertar às 07:00 horas, pois minha filha pequena iria para a casa de uma amiga e o pai a iria levar lá antes do trabalho. De fato, saíram às 07:40, mas, ao me ver sozinha, fraquejei. Olhei para o apto. e decidi que ainda estava com sono, pois havia ido para a cama ontem à uma hora, com meio comprimido de Stilnox, senão não apagaria, e voltei para a cama. Que estúpida!!! Achei que ficaria com sono durante o dia, pois havia despertado às 05:45, bem antes das 06 horas garantidas pelo indutor do sono, stilnox. Acho que dormi de leve apenas uns 10 minutos. Acabei saindo da cama às 09:30h, olhei para o monte de louça para lavar do dia anterior, que se juntou com a do café, fiquei mal. Peguei o filme do dia anterior, no qual queria voltar apenas para rever o começo para entender algumas coisas e por lá permaneci até o final. Término? Meio dia. Tentei escrever esse texto, ainda, mas o telefone tocou, era uma amiga da minha cidade de trabalho; ficamos quase uma hora no telefone. Também falei com meu filho pelo skipe. Resultado: eu tinha um compromisso às 14:00 horas e às 13:30 não tinha almoçado. Engoli a comida em cinco minutos,  me arrumei mal, esqueci um documento que precisava levar, cheguei correndo no local, 07 minutos atrasada. E assim foi o dia. A louça ainda não foi lavada, tarefa que irei executar assim que fechar isso aqui. Já são 07:00 da noite. Meu dia? Acho que não correu como eu queria. Motivo? Saí da cama somente às 09:30 h. Isso tem que mudar!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! Como ficam as reflexões indianas, acima? Perdem-se no filme? 

Vamos ver amanhã, o dia 02. 

Aurora 

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